O Bitcoin (BTC) passou por altos e baixos em 2020. A criptomoeda iniciou o ano morna enquanto o IBOV estava em alta. Na sequência, em março, a pandemia da Covid-19 deu as caras no Brasil e derrubou o preço da maior parte dos ativos. Entretanto, o BTC se recuperou e bateu o seu recorde histórico ao final do ano.
Assim, veja como o Bitcoin se comportou durante um dos anos mais difíceis da história recente.
Bitcoin iniciou o ano discreto
Desde o rali de 2017, os investidores de BTC esperavam por uma nova supervalorização da criptomoeda.
Naquela época, o BTC bateu os R$ 69 mil (aproximadamente US$ 20 mil). Apesar de o recorde ter atraído novos investidores, fazia tempo que o BTC não sofria uma supervalorização.
De toda maneira, a criptomoeda mais popular da atualidade abriu 2020 cotada próxima aos R$ 30 mil e chegou a março próxima aos R$ 39 mil:
Esse valor era encarado com desânimo pelo mercado; em 2019, o BTC alcançou quase R$ 55 mil no meio do ano e, desde então, vinha numa tendência de queda moderada.
Porém, a situação iria piorar: a pandemia causada pelo novo coronavírus acabou com os mercados em março.
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Coronavírus e a queda dos mercados
O BTC e o mercado de ações sofreram o impacto econômico da pandemia da Covid-19 em março:
Nessa época, os investidores se deram conta do problema causado pelo coronavírus. Desse modo, o preço do Bitcoin despencou para R$ 24,6 mil em 12 de março. Esse foi o pior momento do ano para o preço da criptomoeda.
Contudo, o Bitcoin recuperou algum terreno e fechou março cotado a R$ 34 mil. A partir daí, a criptomoeda começou uma trajetória de valorização até o final do ano.
Estabilidade e valorização: BTC após a crise de março
Depois de março, o preço do Bitcoin voltou a subir. Inicialmente, essa valorização se deu de forma relativamente discreta: dos R$ 34 mil do final de março, a criptomoeda alcançou os R$ 48 mil em abril; após, em maio, o BTC fechou o mês próximo aos R$ 52 mil.
No gráfico, é possível perceber que o Bitcoin passou por períodos de valorização e estabilidade no período de abril a setembro. Nesse momento, os investidores começaram a ficar otimistas em relação ao futuro próximo da criptomoeda.
Dessa maneira, mesmo com a Covid-19 à espreita, o Bitcoin conseguiu valorizar e fechar o mês de setembro cotado a R$ 61 mil.
Bitcoin explodiu e quebrou o próprio recorde no final de 2020
O final do difícil ano de 2020 está sendo particularmente gentil aos investidores de Bitcoin. Após passar pelas dificuldades de março, a criptomoeda voltou a valorizar:
No dia 21 de outubro, o preço do Bitcoin superou a sua marca histórica em reais, ao alcançar os R$ 70 mil. Entretanto, na cotação em dólares, o recorde permanecia intacto. A diferença acontece por conta da desvalorização do Real frente ao dólar durante o período de 2017 a 2020.
Independentemente da crise da Covid-19, a especulação sobre a possibilidade de o Bitcoin superar o recorde dos US$ 20 mil foram fortes durante o período final do ano.
As expectativas positivas se confirmaram quando o recorde histórico em dólares foi quebrado. Isso aconteceu em 30 de novembro, quando o Bitcoin superou os US$ 20 mil (R$ 104 mil). Desde aquele momento, a criptomoeda tem conseguido se manter valorizada: atualmente, o BTC está cotado em mais de R$ 134 mil.
Finalmente, na tomada do ano, a valorização do BTC, em reais, foi de 362%; entretanto, vale reforçar que o preço da criptomoeda foi ajudado pela desvalorização do Real.
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Por que o Bitcoin valorizou tanto?
Há várias razões pelas quais o Bitcoin valorizou em 2020:
- Adoção institucional: várias empresas, como a Microstrategy e a Square, passaram a investir de forma significativa no BTC
- Ativo de proteção: parte do mercado acredita que o BTC pode ser utilizado como um ativo de proteção – assim como o ouro – em tempos de crise
- Halving: em maio, o Bitcoin passou por um novo halving, o que diminui a oferta de novas criptomoedas no mercado
- Desvalorização do Real: o Real se desvalorizou em relação ao dólar em 2020, devido à crise provocada pelo coronavírus
- Injeção de dinheiro pelos bancos centrais na economia global incide na inflação no preço do Bitcoin e de outros ativos.
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