O preço do Bitcoin (BTC) disparou no final de 2020. Na tomada do ano, a valorização foi de quase 700%.
Por conta disso, muitas pessoas começaram a prestar atenção nessa e em outras criptomoedas. No entanto, boa parte do público desconhece os fatores que influenciam no preço do BTC.
Assim, fique com a gente para entender o que atua na precificação do Bitcoin!
Um pouco sobre o Bitcoin
O Bitcoin é a primeira criptomoeda do planeta. O seu anúncio, em 2008, foi uma resposta à crise econômica iniciada nos Estados Unidos. Vale lembrar que, entre os culpados, estavam os grandes bancos e agências avaliadoras de crédito.
Em resposta, Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin: uma moeda digital que não depende de entidades centrais para funcionar. Nesse sentido, é interessante conferir a publicação original de Nakamoto sobre o tema.
Leia também:
Corretora Binance é confiável e segura?
Histórico e valorização do Bitcoin ao longo dos anos
Algumas características do Bitcoin
O mundo inteiro negocia o Bitcoin em diversas plataformas. Contudo, ele possui algumas características diferentes do convencional:
- Emissão limitada a 21 milhões de BTC
- Mineradores criam novos BTC de forma descentralizada
- Não existe um governo ou empresa por trás do BTC
Desse modo, dá para perceber que o Bitcoin é bem diferente de uma ação, por exemplo. Ao contrário do mercado de ações, há pouca regulação sobre as criptomoedas.
Com as explicações devidamente dadas, é hora de chegar no ponto do artigo: quais são os fatores que influenciam no preço do Bitcoin?
O que influencia no preço do Bitcoin?
Vários fatores atuam na precificação do Bitcoin. Nessa linha, os principais deles são os seguintes:
Emissão Limitada
A mineração do Bitcoin é responsável por criar novos BTC. No entanto, haverá a emissão de apenas 21 milhões de unidades de BTC.
Até hoje, cerca de 18,6 milhões de BTC já foram minerados. Isso corresponde a quase 89% do total.
Isso significa que o Bitcoin não sofre pressão inflacionária. Desse modo, não há como forçar a “impressão” da criptomoeda, ao contrário do que acontece com o dinheiro dos Bancos Centrais.
Halving do Bitcoin
O Bitcoin passa por um halving a cada quatro anos aproximadamente. Assim, a recompensa de BTC que os mineradores recebem pelo seu trabalho é cortada pela metade a cada halving.
O halving também contribui para que o BTC não sofra com a inflação. Pelo contrário: o BTC é considerado deflacionário, em comparação ao dólar estadunidense.
Além disso, para saber mais sobre como o Bitcoin é criado, confira o artigo da BitPreço sobre a mineração de Bitcoin.
Estímulos monetários dos Bancos Centrais
Os Bancos Centrais costumam imprimir dinheiro em tempos de crise. Isso está acontecendo durante a pandemia da Covid-19.
No entanto, a consequência é a inflação: quanto mais se imprime dinheiro, menos valor ele tem.
De toda maneira, uma das consequências da impressão excessiva de dinheiro é a supervalorização dos ativos no mercado financeiro. Dessa maneira, o IBOV fechou 2020 em alta, mesmo num ano marcado pela crise do coronavírus.
A razão para isso reside no fato de que parte do dinheiro adicional escorre para o mercado financeiro. Logo, com mais dinheiro no mercado, a tendência é a subida do preço dos ativos.
Além das ações, o preço do Bitcoin também se beneficiou dos estímulos financeiros e valorizou durante o ano.
Acesse também:
Calculadora de Bitcoin e criptomoedas da Bitpreço
Especulação do mercado financeiro
A princípio, parte dos investidores do mercado financeiro também negociam Bitcoin. Por conta disso, o Bitcoin sofre a mesma pressão especulativa do mercado de ações.
Isso significa que o Bitcoin também valoriza pela ação dos especuladores. Nesse caso, a intenção deles é valorizar o ativo e depois vendê-lo. Nesse caso, não há interesse em “acreditar” na criptomoeda, mas apenas ganhar dinheiro com ela.
Todavia, a especulação não é um problema em si, desde que não seja excessiva. Com mais pessoas negociando o BTC, a tendência é o aumento da especulação sobre o preço.
Cotação do dólar
O dólar saiu dos R$ 4,00 para os R$ 5,20 em 2020. A principal causa foi a crise econômica ocasionada pela Covid-19.
Porém, a cotação do Bitcoin e das demais criptomoedas é feita em dólar. Isso faz com que a valorização do dólar influencie diretamente no preço do Bitcoin. Assim, quando o dólar sobe, o Bitcoin também valoriza em Real.
Adoção Institucional
Diversas empresas compraram Bitcoin em 2020. Isso inclui a Grayscale, a Microstrategy e a Square, cujo dono é CEO do Twitter.
Geralmente, essas empresas compram BTC em massa; apenas a Grayscale possui mais de 500 mil BTC, o que equivale a aproximadamente R$ 100 bilhões. Tamanho investimento faz pressão sobre o preço do Bitcoin, já que torna as moedas mais raras no mercado.
Gostou do texto? Acompanhe mais sobre o Bitcoin e outras criptomoedas no blog da BitPreço!