O Ethereum é, antes de tudo, uma plataforma de contratos inteligentes, amplamente utilizada pelo mercado descentralizado. Para que tudo funcione corretamente e com segurança, é necessário que bastante poder computacional seja disponibilizado para fazer com que a blockchain continue em operação contínua, sem intermitências ou tentativas de fraudes. Explicaremos de que forma funciona a mineração de Ethereum para que você sempre entenda onde você está colocando seu dinheiro.
Fundamentos básicos de mineração Ethereum
Em resumo, o processo de mineração funciona da seguinte forma: vários sistemas computacionais são dedicados à resolução de cálculos matemáticos. Quando os cálculos são finalmente solucionados, novos tokens de Ether são disponibilizados na rede. O processo é chamado de Proof of Work (PoW, ou Prova de Trabalho).
Os mineradores são, então, recompensados com novos tokens de Ether, além de uma pequena recompensa por conta da validação das transações por meio de seus equipamentos. No entanto, grande parte dos ganhos de um minerador estão relacionados à criação de novos tokens e, claro, à valorização do Ether.
Tais cálculos são realizados com a finalidade de validar transações e gerar mais tokens para a rede. Diferentemente do Bitcoin, que possui limite de até 21 milhões de unidades, o Ethereum não possui um limite máximo de tokens. No entanto, a dificuldade de mineração aumenta ao longo do tempo, o que reduz drasticamente o crescimento no volume da moeda.
Enquanto este artigo foi escrito, haviam pouco mais de 111 milhões de unidades de ETH na rede, com um volume negociado globalmente aproximado de US$ 35 bilhões.
Equipamento para minerar Ethereum
Máquinas ASIC (utilizadas para a mineração de Bitcoin, entre outros tokens que fazem uso do algoritmo SHA-256) não são capazes de minerar Ethereum. É possível realizar o processo de mineração através de CPU (processador do computador, núcleo do hardware) ou GPU (processador utilizado para processamento em placas de vídeo).
A mineração caseira por CPU e GPU não é mais vantajosa há muito tempo, uma vez que a curva de dificuldade de mineração cresceu de tal forma que máquinas baseadas no algoritmo Ethash passaram a ser desenvolvidas por grandes empresas para dar conta do poder computacional necessário.
Nem pense em adquirir estas máquinas e instalá-las em sua casa: elas são bastante barulhentas, consomem uma quantidade enorme de energia elétrica e exigem condições muito específicas de refrigeração e armazenamento. Para se ter uma ideia, os maiores mineradores do mundo fazem uso de galpões enormes, com fornecimento particular de energia, para garantir uma boa rentabilidade.
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Mudanças futuras na mineração de Ethereum
Está sendo desenvolvido o Ethereum 2.0, o qual mudará o sistema de mineração do Ethereum para Proof of Stake (PoS, ou Prova de Custódia). Por isso, mineradores de Ethereum serão forçados a abandonar seus equipamentos ou transformá-los em meios de custódia dos tokens.
O principal objetivo desta mudança, segundo Vitalik Buterin, idealizador do projeto, é redemocratizar o processo de mineração do Ethereum, o qual ficou centralizado nas mãos de poucos grandes empresários que possuem capital suficiente para investir pesadamente em tecnologia. Dessa forma, todos os que tiverem Ether em custódia estarão diretamente ligados ao processo de mineração.
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