Know Your Customer, ou “Conheça Seu Cliente” é o procedimento que demanda dados pessoas. No entanto ele é mais conhecido pela sigla KYC.
As Exchanges e outras plataformas da esfera de criptoativos realizam procedimentos para conhecer seus clientes. Geralmente os clientes informam dados pessoais, juntamente com uma selfie com o nome da exchange escrito em um papel.
Contudo, cada um desses procedimentos diverge um pouco para cada plataforma.
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Os procedimentos de KYC tem diferentes finalidades, mesmo com todas as críticas a este tipo de exigência.
KYC (Know Your Customer): proteção para a exchange
O KYC é, em parte, uma proteção para a exchange. O KYC serve para que a exchange atenda às exigências de compliance do governo, estando de acordo com as autoridades.
Um exemplo é a Instrução Normativa nº 1888 da Receita Federal, que obriga as plataformas de serviços com criptomoedas a informar ao Fisco movimentações com criptoativos.
KYC: proteção para o usuário
O uso de informações pessoais, principalmente quando a selfie é requisitada, pode “blindar” o usuário de hacks.
Por exemplo, caso um hacker tente mudar o código de verificação em dois fatores (2FA) de um usuário, é possível que a exchange peça uma selfie e compare com aquela no acervo de KYC.
Também mencionando a Instrução Normativa nº 1888, as informações prestadas também beneficiam de certa forma os usuários da plataforma, uma vez que não recai sobre eles a responsabilidade de informar os dados.
Regime misto
Algumas plataformas fazem um regime misto de KYC, no qual não é necessário informar dados pessoais para movimentar apenas criptoativos.
Porém, caso haja a necessidade de depositar ou sacar em moedas fiduciárias, as plataforma irão cobrar informações pessoais dos clientes.
O regime misto auxilia aqueles que têm apreço pelo conceito de descentralização e anonimato das criptomoedas, ao mesmo tempo em que atende os requerimentos governamentais em outras localidades – mas não no Brasil, que cobra a movimentação e identificação de todos os usuários.
Polêmicas
O meio descentralizado das criptomoedas defende o anonimato, razão pela qual a criação de carteiras de criptomoedas sequer pede dados pessoais. Por conta disso, entusiastas de criptoativos geralmente divergem firmemente dos procedimentos de Know Your Customer, uma vez que os mesmos os obrigam a informar dados pessoais.
Esta é a razão pela qual plataformas de criptomoedas adotam regimes mistos, quando possível, conforme dito acima. Porém, atualmente não é possível adotar tal modelo no Brasil, o que deixou usuários de criptomoedas mais voltados ao lado ideológico descontentes com o rumo que o mercado de criptoativos tem tomado no país.
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